sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Mensagem de final de ano

Todo final de ano nos vemos mergulhados em tanta correria – compra de presentes, preparação para festas – que acabamos perdendo o sentido desse ritual em que nos encontramos. Por sorte, a música, metáfora da perfeição do universo, pode ajudar a recuperá-lo. Para tanto, serão analisados dois trechos do oratório Messias (1741), de Handel (1685-1759).
Como já abordado no post de 19 de fevereiro, o Barroco, estilo ao qual pertence a peça aqui ouvida, tem a capacidade de representar ideias por meio de sons esteticamente combinados. Assim, o vídeo acima nos mostra o casamento sublime entre texto escrito e texto auditivo. A começar, ouvimos um trecho de Isaías 60, 2-3:

For behold, darkness shall cover the Earth, and gross darkness the people: but the Lord shall arise upon thee, and his glory shall be seen upon thee. And the Gentiles shall come to thy light, and kings of the brightness of thy rising.

De acordo com a Bíblia de Jerusalém, da Editora Paulus, a tradução seria:

Com efeito, as trevas cobrem a terra, a escuridão envolve as nações, mas sobre ti levanta-se Iahweh e a sua glória aparece sobre ti. As nações caminharão na tua luz, e os reis, no clarão do teu sol nascente.

De fato, a sonoridade arrastada e sombria com que a música começa, seguida pela voz grave do cantor pronunciando palavras de vogal fechada, ressaltam a escuridão que se abate, representando as dificuldades que encontramos no decorrer do ano, o que dá a dezembro um ar de cansaço. Mas a partir da palavra “Lord” tudo se ilumina e os violinos apresentam sons mais agudos. E note a forte presença de ditongos abertos: “arise”, “Gentiles”, “thy”, “light”, “brightness”, “rising”. Isso se soma ao fato surpreendente de serem expressos por um baixo. É como se a mensagem fosse a de que no meio da escuridão surge sempre a luz.


Iconografia do século XVIII presente no mosteiro de Kizhi, Karelia, Rússia

Então se passa para Isaías 9, 1:

The people that walked in darkness have seen a great light, and they that dwell in the land of the shadow of death, upon them hath the light shined.

A tradução, da mesma fonte que a de acima:

O povo que andava nas trevas viu uma grande luz, uma luz raiou para os que habitavam uma terra sombria como a da morte.

Nesse ponto, volta-se à escuridão do tema, da sonoridade da orquestra e da voz do baixo, concentrada na sintomática palavra “darkness”, que sofre um contraste – expediente típico do Barroco – com o vocábulo “light”, que traz no seu bojo a própria ideia de luz. Esse processo se repete de forma mais intensa com a expressão soturna “shadow of death”, que sofre o embate do igualmente intenso sintagma “light shined”. Resultado: trevas expulsas, por isso a peça termina com violinos em notas agudas.
Abre-se caminho para o próximo passo do oratório, que se baseia em Isaías 9, 5:


Seu texto é o seguinte:

For unto us a child is born, unto us a son is given, and the government shall be upon his soulder, and his name shall be called Wonderful, Counsellor, the mighty God, the everlasting Father, the Prince of Peace.

Cuja tradução, de acordo com a mesma fonte, é:

Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, ele recebeu o poder sobre seus ombros, e lhe foi dado este nome: Conselheiro-maravilhoso, Deus-forte, Pai-eterno, Príncipe-da-paz.

Aqui já se manifesta o espírito que deve prevalecer no final de ano, cuja essência não é o consumismo disfarçado na grata troca de presentes. Sua bela simbologia na verdade transcende as questões religiosas, servindo até para agnósticos e ateus. Tal está representada na força das saltitantes e agudíssimas notas presentes já desde a graciosa explosão do começo dessa música. Tudo é luz, alegria, confiança representadas no nascimento de uma criança que terá sobre os seus ombros o poder do surgimento de um novo mundo, de uma nova vida. Enfim, a esperança de que os momentos difíceis e sombrios pelos quais passamos no decorrer de 2012 abrirão caminho para muito saber, amadurecimento e felicidade em 2013. Essa é a mensagem que deve ficar em nossas mentes nas próximas duas semanas.


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domingo, 16 de dezembro de 2012

2012 - O que significa essa data apocalíptica?




No post passado, sobre A Confissão da Leoa (2012), de Mia Couto, discutiu-se que arte é confissão. Por meio dela a espécie humana exorciza seus males, o que quer dizer que tais nos são inerentes. Guimarães Rosa já dizia isso em Grande Sertão: Veredas (1956): “o diabo vige dentro do homem”. E um dos demônios que vez por outra vêm à tona é o apocalipse. Agora está na moda falar que essa catástrofe se dará no próximo 21 de dezembro, de acordo com supostas profecias do calendário maia. Até há, no entanto, quem fale que o fim dos tempos só se dará em 2016. Mas já se mencionara 2001, 2000, 1999. E isso não é de hoje. Perto do ano 1000 essas preocupações já haviam vindo à baila. Há, portanto, datas de baciada, num amplo catálogo a atender o gosto do freguês.
      Mas, ao invés de apenas se entregar a essa sanha sadomasoquista e mercadológica ou simplesmente negá-la, devemos analisá-la. E uma maneira interessante de entendê-la pode se dar por meio de alguns blockbusters. Se nos basearmos em Jung, poderemos notar que essas subproduções intelectuais são tão capazes de expressar a nossa alma quanto o são estudos filosóficos, sociológicos e antropológicos. Devemos, pois, olhar para esses filmes e tentar entender por que nos atraem tanto.



          Enfim, quando observamos alguns arrasa-quarteirões que desenvolveram o tema do final dos tempos – Independence Day (1996), Armageddon (1998), Impacto Profundo (1998), O Dia Depois de Amanhã (2004), Guerra dos Mundos (2005), Cloverfield (2008), 2012 (2009), A Batalha de Los Angeles (2011), além da trilogia O Exterminador do Futuro (1984, 1991, 2003) – algumas comparações eclodem. De um lado estão os que mostram que a destruição virá por fatores externos, do qual não temos culpa (películas 1, 2, 3, 5, 6 e 8). Ou será que são repetições da ideia bíblica de que a iniquidade de Jerusalém foi castigada pelo envio por meio da vontade do Senhor de elementos exógenos? Do outro lado estão os que claramente imputam a nós alguma responsabilidade (4 e 7, além da trilogia). Mas, apesar dessa diferença, um ponto eles têm em comum: lidam com relações humanas desmanteladas. Impacto Profundo é inigualável nesse ponto, mas Cloverfield também chama a atenção, pois perpassa sua trama um caso afetivo mal resolvido. Já A Batalha de Los Angeles é tão realista na maneira como mostra esse tema que nem o notamos, de tão entranhado que ele fica no cotidiano.



         Qual a mensagem? Parece ser a de que, em nossa correria, não prestamos atenção ao que realmente importa, que é o contato humano. Para que viver, se não para conviver, e intensamente, com os outros? Mas concentrar-se nesse ponto é reduzir o aspecto mítico da abordagem. Na verdade, o que a obsessão pelo apocalipse revela é que estamos fazendo tudo errado e precisamos desesperadamente corrigir isso.
É aqui que se toca em um ponto interessante. Todo mito apocalíptico traz dentro de si um mito soteriológico, ou seja, que fala de salvação. Estamos mais é voltados para “o dia depois de amanhã”. Não é à toa que a nave de Impacto Profundo se chama Messiah, que é o nome do salvador. Ou que haja verdadeiras arcas de Noé em 2012. Queremos uma ressurreição. Queremos uma nova vida. É por isso que se pode encaixar nessa lista um filme que aparentemente não tem ligação com o tema apocalíptico-soteriológico: Titanic (1997).



         James Cameron, ao narrar o desastre de um navio que nem Deus poderia afundar – como foi dito assim que o artefato tecnológico saía de Southampton –, acabou fazendo um filme que verbalizou o nosso zeitgeist, o espírito de nosso tempo. Temos medo de que nosso hipercontrolado cotidiano – sim, tornamo-nos infelizes e acomodados seres dependentes da rotina – seja inútil, pois não nos afasta de perigosos icebergues: crises econômicas, perda de emprego e qualidade de vida. O que esse blockbuster nos mostra é que o que nos aterroriza não é exatamente o fim do mundo, mas o desmantelamento da sociedade tal qual conhecemos e com a qual já estamos largamente acostumados.
Todas as considerações aqui expostas permitem entender que Titanic representa um anseio de nossos tempos. Rose, na verdade, somos nós. Como ela, somos vítimas de imposições, não apenas da mãe e do noivo. Mas o surgimento de Jack representa o desejo de outro esquema de vida. Anseio escapista, é verdade, mas positivo. Anseio que afundou, mas foi o suficiente para dar um impulso para uma nova existência.
O que todos esses filmes revelam, portanto, é que a espécie humana sabe, ainda que de forma inconsciente, que precisa mudar, construir uma nova forma de vida, uma nova sociedade. Há muito ainda que ser feito. Mas o que já se tem é valioso. Indubitavelmente. O que é bom.

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domingo, 9 de dezembro de 2012

As Confissões da Arte: A Confissão da Leoa, de Mia Couto


      É conhecidíssima a ideia de que a arte imita a vida. Encontraríamos em suas manifestações, portanto, uma mimese do mundo tal qual o conhecemos. Mas há também uma variação, que prega que a vida é que imita a arte. Prova disso é como os produtos estéticos foram capazes de ditar padrões, comportamentos. Basta lembrar a onda de suicídio coletivo que Werther (1774), de Goethe, provocou na Europa. Ou, mais recentemente, os modismos inspirados no que a televisão e cinema produzem. Entretanto, esses dois caminhos, se seguidos à risca, podem provocar uma diminuição do poder artístico, pois, no caso do primeiro, submeteria as obras de arte a meros documentários, enquanto o segundo as empurraria para a doutrinação.
Por sorte, o verdadeiro labor artístico é mais do que imitação. Sua riqueza está em superar aquilo em que se inspira. É também a sua segurança. Basta lembrar a imagem apresentada no filme Excalibur (1981), em que Merlin chamava a realidade de dragão e ainda dizia que olhar diretamente para ele é ter a alma queimada, ou seja, é entregar-se à loucura. Então, para enxergá-la melhor, o mais adequado seria observar o seu reflexo – as manifestações artísticas. E tal é a magia de A Confissão da Leoa (2012), o mais novo romance do escritor moçambicano Mia Couto.
A narrativa se baseou na excursão que o autor fizera pelo norte de Moçambique em 2008, quando se deparou com a notícia de que leões estavam atacando a população daquela região. Tal qual ocorre em Kulumani, localidade em que se passa a história. É lá que mora Mariamar, narradora de metade do livro. A outra metade está a cargo de Arcanjo, caçador contratado para dar fim ao terror que assola aquela população. Mas há algo mais do que os nomes mítico-poéticos que os unem, algo mais do que um encontro que tiveram no passado. Ambos são vítimas de um histórico de vida despedaçado.
Conforme se vai mergulhando nos relatos que os dois vão montado, esquece-se a expectativa de um reencontro e começa-se a vislumbrar um painel fortíssimo, típico de Mia Couto. Depara-se com uma sociedade em que mulher é literalmente vista como não-humana, não-gente; em que um marido se dá ao direito de costurar (não se está falando em sentido conotativo!) a vagina da esposa quando ele precisa viajar; em que um pai abusa sexualmente da filha e esta é que é vista como a vilã; em que uma mulher é estuprada por um grupo só porque invadiu um espaço sagrado masculino – e ela ainda ter como resposta a conivência das autoridades.
Todos os exemplos arrolados acima – e há muitos outros – causam-nos horror, porque estamos de fora, pertencemos a um mundo dito civilizado. E quando nos defrontamos com o narrado, vemos que, se parte daquela sociedade encara tudo isso como natural, outra parte, perdedora, considera-a uma selvageria. Mas esta não faz nada, silencia-se. Somente a obesíssima Dona Naftalinda, cônjuge do administrador, protesta, mas diante da inércia do seu meio, não produz eco. E o mais interessante é que se sente nas entrelinhas um embate entre um velho e um novo mundo, entre uma velha e uma nova África. Nesse ponto, é preciosa a oposição que é feita entre as galinhas domesticadas (aliás, grande símbolo das mulheres de Kulumani, massacradas pelo machismo – aves que não voam) e os urubus que tomam o lugar dessas aves quando a missão católica portuguesa se vai.  
Toca-se aqui em um dos elementos mais vitais do romance. A necessidade de voar, de liberdade, de direito ao desenvolvimento de todas as potencialidades, misturando-se à necessidade de sobreviver à miséria. Aqui está a representação da força feminina, que nutre A Confissão da Leoa. A força feminina ligada à geração de vida. E ligada à terra, à alimentação, à sobrevivência. Ligada, portanto, à pátria, à mãe África. Aqui Mia Couto permite-nos alargar o olhar interpretativo. Fala-se, então, de um continente desrespeitado, colocado na periferia, explorado durante a colonização e, independente, massacrado pela guerra civil. É o despedaçamento da pátria que acaba fabricando os ataques da leoa. Ou que acaba explicando o despedaçamento psicológico das personagens do livro. 
Mas como garantir que a fragmentação da personalidade é apenas fruto de condições externas? E se for verdade a tese bíblica de que somos todos de um barro ruim? E se o homem mergulhou nessa matança por sua má índole mesmo? Tanto que essa carnificina ocorreu antes e depois da independência. Reforçar-se-ia então uma ideia reiteradamente citada na obra, a de que tudo está dentro de nós. O mal, portanto, não é externo.
Mia Couto, portanto, confirma em A Confissão da Leoa porque é um dos melhores escritores africanos do século XX, já que mergulha na essência humana e consegue expô-la. E o faz de uma maneira eficiente, pois seu realismo mágico acaba se tornando uma válvula de escape para que se veja os destroços com que está lidando. Utilizando-se da linguagem do mito, faz-nos entender os problemas de nossa essência fazendo-nos vivê-los, senti-los graças à força da bem empregada primeira pessoa. E sem que precisemos ser moçambicanos para tal. Sua capacidade de enfocar o universal no regional lembra grande mestres, como Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Machado de Assis, para ficar nos brasileiros. Vale a pena lê-lo.
  

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domingo, 2 de dezembro de 2012

A Licença Poética




Mathis Grünewald, O Retábulo de Isenheim (c. 1510-5)
Conforme já foi dito várias vezes aqui nO Magriço Cibernético, todo texto é um conjunto de elementos que, ligados entre si, estabelecem uma coerência, o que gera seu sentido. Muitas vezes os erros de interpretação ou mesmo de redação são fruto da má manipulação desses ingredientes, provocadora de dissonâncias semânticas comprometedoras, como seu viu no post de 01 de março de 2012. Outras vezes é justamente essa discrepância que dá charme à mensagem, como seu viu no post de 03 de março de 2012. Entretanto, há momentos em que tal discrepância precisa ser ignorada, pois ela não prejudica o sentido, muito menos serve para reforçar uma ideia. Quando isso acontece, diz-se que ocorre a licença poética, ou seja, a liberdade de se usar construções que não precisam se apegar a regras, até mesmo as que se referem à noção tradicional de coerência.
No quadro acima, O Retábulo de Isenheim, que hoje está no Museu de Unterlinden, em Colmar (França), notamos alguns “atentados” à lógica. O mais gritante deles é São João Batista estar à direita da cruz. Sabe-se que esse santo fora decapitado por Herodes anos antes da crucificação de Cristo. Teria então o pintor alemão praticado um anacronismo grosseiro? Como alguém se meteria a pintar um importante episódio cristão e demonstrar tamanha ignorância da Bíblia?
Na verdade, tal discrepância precisa ser ignorada, pois a inserção da personagem é nada mais do que um caso de licença poética. A função desse actante é de mero símbolo. Não é à toa que ele segura a sagrada escritura e aponta para Cristo, gesto que indica que o que está acontecendo já estava previsto no livro sacro. Não é à toa que a seu pé está um cordeiro, com uma cruz, e vertendo sangue para um cálice – é um eco imagético do Nazareno, o cordeiro de Deus, que tirou o pecado do mundo.
Outro “atentado” à lógica a ser levado em conta é a dimensão física desproporcional de Jesus, ainda mais quando comparado à de Maria Madalena, mais ao pé da cruz. Essa falta de verossimilhança deve ser desprezada, pois o mais importante para o artista era revelar, por meio do tamanho, a estatura religiosa das personagens.
Outro exemplo de licença poética pode ser visto no trailer abaixo, do filme Gladiador (2000):


            Inúmeras falhas são notáveis nesse vídeo: o protagonista, Maximus, usando arreio, uma invenção medieval, portanto, desconhecida dos romanos; ou então um dos gladiadores utilizando uma bola cheia de espinhos, outra criação medieva; ou ainda a personagem principal desatrelar um cavalo que puxava um carro e esse animal possuir equipamento para montaria, o que não faria sentido para a função que estava exercendo. Entretanto, alguns pontos não podem ser considerados erros, como as flechas incendiárias, que de fato não eram usadas pelas legiões romanas. Na verdade, aqui há um caso de licença poética, pois esse artefato bélico serviu apenas para criar o clima pirotécnico tão essencial às produções hollywoodianas. Outro ponto relevante para nossa discussão seria gladiadores lutarem com armas de níveis diferentes, o que ia de encontro às regras da Roma Antiga, preocupadas em garantir igualdade de combate. No filme, para dar mais emoção, deixou-se a desvantagem, pois ela serviu para incrementar valor na trama. Por fim, não se podia esquecer o que mais os historiadores de plantão criticaram: era impossível um general romano se tornar escravo e depois virar gladiador. Entretanto, essa questão acadêmica se transforma em filigrana diante da lógica da construção narrativa, já que é um elemento que engrandece o protagonista.
Mas é em poesia que a licença poética é mais facilmente reconhecida. Ela que nos faz não só aceitar o que chamam de erros gramaticais, como também os ligados à lógica. É o que vemos, por exemplo, na arquifamosa “Canção do Exílio” (1843), de Gonçalves Dias, da qual foram extraídas a seguir as duas primeiras estrofes:

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

         A lógica dita que o sabiá não canta na palmeira. Entretanto, o poeta teve de atropelar a razão para juntar dois grandes símbolos de nossa pátria. Além disso, nada sustenta a tese de que o nosso céu tenha mais estrelas que o da Argentina ou do Uruguai, por exemplo – a não ser a necessidade de se dar um tom mítico, fabuloso à nossa terra.
Portanto, devemos ter cuidado ao avaliar o que à primeira vista pode parecer uma falha na ligação entre elementos de um texto, principalmente os artísticos. Na verdade, o que pode estar acontecendo é nada mais do que uma leitura sob um diapasão errado.
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